terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Três exemplos de como a Educação tem sido repensada no mundo

Na Playmaker School, nos Estados Unidos, os alunos aprendem
 por meio de jogos, simuladores, produção de mídia e
criação de projetos. Foto: Revista escola
Você se lembra da época do retroprojetor, do videocassete e das televisões em sala de aula? As tecnologias utilizadas nas escolas eram, em sua maioria, destinadas a apresentar o conteúdo aos alunos. Mas, hoje, com a internet e uma quantidade enorme de informações disponível, o desafio é garantir qualidade e eficácia a esse acesso, além de proporcionar uma experiência que respeite as necessidades de cada estudantes e o ajude a ver valor naquilo que aprende. As novas tecnologias trouxeram a professores e gestores a necessidade de repensar a Educação e de entender como elas podem ajudar a garotada a desenvolver habilidades necessárias para os desafios de seu tempo.
Felizmente, a busca pela inovação na Educação é uma tendência global que conta com um grande número de experiências bem-sucedidas. Como pode ser difícil imaginar novos modelos educacionais com base somente na teoria, compartilho abaixo três exemplos de iniciativas inspiradoras que têm gerado ótimos resultados para todos os envolvidos:
Estados Unidos: gamificação na Playmaker School
Nessa escola da Califórnia voltada para os anos finais do Ensino Fundamental, o currículo é dividido em módulos temáticos multidisciplinares e o aprendizado se dá por meio de atividades que incluem jogos, simuladores, produção de mídia e criação de projetos. O objetivo é que o aluno construa uma relação significativa (e divertida) com o conhecimento, sem deixar de atender a elevados padrões acadêmicos.
Para o monitoramento do próprio aprendizado, cada estudante recebe uma ferramenta personalizada e interativa chamada Mapa da Aventura. Trata-se de uma representação visual do caminho que ele está percorrendo ao longo do ano, sabendo onde começou, o que aprendeu até então e quais as possibilidades de trajeto. A ferramenta também permite que professores acompanhem o progresso de cada um, sugerindo módulos específicos de acordo com necessidades e déficits observados.

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China: ensino personalizado na RDFZ Xishan School
Com o programa The Future School, a escola de Pequim, voltada para alunos de 9 a 18 anos, trocou as aulas tradicionais em forma de palestras por uma abordagem personalizada e baseada em projetos colaborativos que visam desenvolver as habilidades do século 21. Com a orientação dos professores e usando laptops, tablets e smartphones equipados com plataformas educacionais e outros aplicativos, os estudantes buscam maneiras interativas de aprender enquanto trabalham em tarefas desafiadoras. O programa dá ênfase aos estudos sobre construção da informação, mídia e tecnologia.
Hoje com 950 alunos, a RDFZ Xishan School tem se destacado em competições e exames nacionais, e é a única instituição de ensino público chinesa certificada pela Apple como uma Apple Distinguished School, espécie de de selo de qualidade dado a escolas inovadoras e de excelência. Para capacitar seus professores no ensino personalizado, ela se juntou a outras nove instituições de ensino pelo mundo para formar a Aliança Estratégica dos Educadores Globais (SAGE), uma rede internacional que promove a troca de conhecimentos e recursos educacionais.

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Colômbia: autodidatismo no Colégio Fontán
Essa escola de Bogotá, voltada para alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, não possui salas de aula, séries ou aulas expositivas. O Sistema Fontán se baseia no autodidatismo e na personalização para colocar o aluno no centro do processo de aprendizagem e, assim, combater o desinteresse. Após ser avaliado pelos educadores, cada estudante recebe um plano de estudos com base em suas habilidades e interesses, adequado à maneira como aprende melhor. Ele pode começar as atividades escolares em qualquer dia do ano e levar mais ou menos tempo para concluir o programa, de acordo com seu ritmo e desenvolvimento (mas respeitando alguns limites pré-estabelecidos).
Com a orientação de professores e sempre contando com tecnologias de informação e comunicação, como plataformas digitais e aplicativos, o aluno aprende por meio de projetos. Esse processo busca capacitá-lo para fazer pesquisas e contextualizar o conhecimento com que está trabalhando, identificando sua importância e fazendo a conexão com a própria vivência.
O processo de avaliação é contínuo e, quando o conhecimento atinge o nível de excelência esperado, o aluno parte para um novo projeto. A autonomia de escolher quando, como e onde estudar (já que o material de que precisa se encontra em ambiente digital) lhe permite desenvolver responsabilidade, autoconhecimento, organização e criatividade, entre outras habilidades essenciais para o século 21.
Reconhecido pelo Ministério da Educação colombiano, o sistema já foi implementado em outras escolas públicas e privadas da Colômbia e da Espanha, e deve ser levado para outros países da América do Sul e da Europa.

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Esses exemplos fazem parte de um universo muito maior de iniciativas brilhantes que, apesar de usarem métodos diferentes, seguem todos para a mesma direção: a valorização do ensino personalizado e de maior autonomia para os alunos e o uso de recursos tecnológicos para viabilizar isso.
Fonte e texto: Revista Escola

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